sábado, 4 de fevereiro de 2017

Alerta em rede social sobre blitz policial é crime

Por Rogério Fernandes Lemes*
Imagem: www.oficinadanet.com.br
Uma prática crescente, nas redes sociais, são as postagens alertando sobre pontos de bloqueios da Polícia Militar, as chamadas blitz de trânsito. Em tese, esse comportamento pode ser adequado ao tipo penal contemplado no Art. 265 do Código Penal Brasileiro.

Ao realizar uma blitz, a Polícia Militar considera as peculiaridades estatísticas do local, como registros de incidência de crimes ocorridos e de acidentes de trânsito com vítimas. As pessoas que usam as redes sociais para repassar informações sobre o local de uma blitz atentam contra um serviço de utilidade pública: a segurança das pessoas.

Não é prioridade das forças de segurança pública prejudicar o cidadão que esteja em débito com o Estado. Caso um condutor apresente documentação irregular como CLA vencido, falta de habilitação ou veículo em má condição de trafegabilidade, os procedimentos administrativos serão tomados conforme estabelecido em lei, pois a Polícia Militar tem o poder-dever vinculado em fazê-lo.

Vale lembrar que um condutor embriagado ou não habilitado põe em risco a vida das pessoas. A blitz policial cumpre seu papel ao garantir e preservar a vida no trânsito.

A prioridade da blitz policial é retirar de circulação armas de fogo, drogas, veículos roubados ou furtados, ocorrência com possíveis reféns e pessoas condenadas e foragidas da Justiça pela prática de crimes.

É um assunto que divide opiniões. No entanto, vale ressaltar que os alertas nas redes sociais sobre locais de ações operacionais da Polícia não beneficiam os cidadãos que circulam em conformidade com o código normativo de seu país. Trata-se de um desserviço à sociedade.

Bandidos armados utilizam-se dessas informações para desviar a rota e praticar novos crimes e, em alguns casos, contra a própria pessoa que denunciou a blitz, ou contra seus familiares.

Ações de utilidade pública são reflexos de um aprendizado familiar. O convívio pacífico entre os indivíduos e a observação das normas, de uma sociedade, são ensinamentos básicos de sobrevivência e convivência ensinados nas comunidades sapiens desde a revolução cognitiva.

As pessoas têm denunciado os casos de divulgação de locais e horários de blitz ou ações operacionais das Polícias, nas redes sociais. Boletins de ocorrência são registrados com a apresentação dos prints das postagens de alerta. Todas as denúncias são apuradas pela polícia judiciária e os autores intimados a dar explicações, bem como, responsabilizados pela prática de atentado contra a segurança.

Assista a entrevista concedida à emissora TV Morena.
Filmagem da TV: Kassia Regina.

* Assessoria de Comunicação Social do 3º BPM/Dourados, MS.
Contato: comsocial3bpm@gmail.com

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