quinta-feira, 30 de junho de 2016

Entrevista de Rogério Fernandes ao DouradosNews

“A corrupção só será combatida quando fizermos a nossa parte”
Autor do livro Subjetividade na Pós-modernidade
recorde de vendas no MS


O Código de Ética dos Antropólogos

blogdoconexao.com


Rogério Fernandes Lemes (*)

Os Antropólogos brasileiros desempenham suas atividades profissionais de forma livre e autônoma, observando seus direitos, responsabilidades e deveres, previamente definidos no código de ética dessa área do conhecimento.
 Em relação à sociologia, a antropologia sai na frente, no que se refere à normatização de sua conduta profissional, e cria seu código de ética no final do regime da ditadura brasileira, entre os anos de 1986 a 1988. A sociologia criaria seu código de ética quase dez anos depois.

O código de ética dos antropólogos está dividido em três partes distintas: 1) os direitos dos antropólogos enquanto pesquisadores; 2) os direitos das populações que são objetos de pesquisa a serem respeitados pelos antropólogos; e, 3) as responsabilidades dos antropólogos.

A prática antropológica está diretamente ligada ao seu objeto de estudo, ou seja, leva em consideração as especificidades culturais de um grupo, comunidade ou sociedade.

Ao realizar pesquisa de campo, os profissionais da antropologia devem observar e respeitar os direitos das populações a serem estudadas, como por exemplo, informá-las sobre a natureza da pesquisa; suas implicações no cotidiano da comunidade; se desejam ou não participar da pesquisa; devolver-lhes os resultados da investigação e garantir a autoria das populações sobre sua própria produção cultural.

Os antropólogos têm por responsabilidade o compromisso com informações objetivas e verdadeiras sobre suas qualificações profissionais; sobre o trabalho a ser executado; de não omitir informações relevantes, salvo nos casos em que venham ferir a autodeterminação dos povos; e, produzir conhecimento dentro dos padrões rigorosos da prática científica.

Observando tais especificações, antropólogos e antropólogas gozam de livre exercício da prática da profissão, de acesso às populações e fontes para realizarem suas pesquisas preservando informações confidenciais e permitindo-lhes publicar suas produções intelectuais, bem como receber proteção contra a utilização de seus estudos sem a devida citação e as responsabilidades inerentes ao exercício da atividade científica. No entanto, os direitos desses profissionais devem estar subordinados aos direitos das populações que serão objeto da pesquisa.

Os pressupostos contemplados no Código de Ética dos Antropólogos estão em consonância com o artigo 5º da Constituição Federal, onde é assegurado o direito à expressão; ao livre desenvolvimento do exercício intelectual; participação e associação em entidades e sindicatos; o respeito à crença e a não tolerância a qualquer manifestação que viole direitos humanos, seja ela de cunho racial, cultural, religioso ou étnico.

A elaboração de um código de ética não é tão importante quanto sua observação e cumprimento, garantindo assim, a produção responsável e relevante de conhecimento de interesse coletivo, que venha ao encontro das grandes indagações das sociedades humanas, como por exemplo, compreensão do fenômeno da violência, da desigualdade social, da intolerância religiosa, para citar apenas algumas dessas preocupações sociais.
Os deveres estabelecidos no Código de Ética dos Antropólogos reforçam a busca de soluções concretas para os problemas sociais, colocando-a como prioritária.

A biopirataria, por exemplo, demonstra total desrespeito às comunidades tradicionais estudadas. Isso ocorre por profissionais estimulados pela lógica de mercado e não pelo comprometimento da produção científica. Os antropólogos, em contato com situação similar descrita acima, assumem o dever ético de proteger os interesses das comunidades pesquisadas.

Desta forma, a preocupação primeira da Antropologia é a prioridade do bem-estar de seu objeto de estudo combinado ao comprometimento científico com os resultados produzidos.

(*) Sociólogo, Escritor, Poeta e Jornalista; Membro da Academia Douradense de Letras e da Academia de Letras do Brasil/Seccional MS.

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quarta-feira, 29 de junho de 2016

3º BPM compromisso com a vida!

Era para ser só mais uma abordagem do Getam do 3º BPM, como tantas outras que realizam todos os dias. Mas, ao abordar um veículo que trafegava em alta velocidade, os policiais militares rapidamente perceberam o motivo.
Uma Senhora desceu do veículo com uma criança nos braços, aparentemente, desacordada. Imediatamente os policiais militares iniciaram a escolta do veículo até à Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
Assista ao vídeo. Simplesmente emocionante.


Fonte: https://www.facebook.com/Getam.3Bpm/

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Lançamento de Livro



A Revista Criticartes tem o prazer de convidar seus leitores em Dourados e região para o lançamento do livro da Aurineide Alencar, ela que é membro da Academia Douradense de Letras e da Academia de Letras do Brasil/Seccional Dourados.
O evento será no dia 25 de junho de 2016, às 19h45 na Academia Douradense de Letras, no Parque dos Ipês em Dourados.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Arte sobre a arte

Um filme de animação dá vida à obra de Van Gogh usando as próprias pinturas do artista, por Dorota Kobiela.


Artigo: A menina com mais de trinta

Por Rogério Fernandes Lemes*
Fonte da imagem: timesofmalta.com

Na semana em que concluí uma formação para o trânsito ouvi, reiteradas vezes, os instrutores falarem sobre os acidentes que os agentes presenciam rotineiramente, a ponto de não mais causarem desconforto dado à quantidade de tragédias vivenciadas por eles. Como passamos duas semanas em sala de aula acabei ficando desatualizado sobre o noticiário nacional.
Após a conclusão teórica do curso encontrava-me em casa, quando recebi uma mensagem em um desses aplicativos que, vez ou outra, é bloqueado pela Justiça. Tratava-se da solicitação de uma repórter de televisão sobre os números estatísticos de estupros ocorridos em Dourados, no ano de 2015 e até a presente data.
Concluído o levantamento dos números assombrosos, diga-se de passagem, e a aprovação institucional para a divulgação na imprensa foi que tomei conhecimento, através dos noticiários, sobre um estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro.
Recebi, pelo mesmo aplicativo, fotos da vítima de dezesseis anos ostentando arma de fogo e armamento pesado e, logo em seguida, fotos tiradas por seu suposto namorado, mais um vídeo chocante. Nos noticiários a repercussão do crime e algumas manifestações de autoridades públicas exigindo a imediata identificação e responsabilização dos criminosos.
O Mais revoltante do vídeo foi ouvir a forma como os rapazes ostentavam a barbaridade que cometeram como se fosse um troféu; como se aquilo fosse digno de ser exibido nas redes sociais, como forma de mandar uma mensagem para seus rivais.
Valendo-me das palavras de uma ministra brasileira, penso ser impossível para os homens civilizados não pensarem na possibilidade de tamanha crueldade acontecer com suas filhas, como possíveis vítimas. Uma sensação horrível.
Em depoimento, a adolescente disse que se sentia um lixo. Ela foi estuprada por mais de trinta animais. O que esses homens fizeram atenta contra todas as mulheres, todas as pessoas de boa vontade e altruístas. Um atentado contra a humanidade.
As janelas traumáticas abertas na vida daquela adolescente marcaram-na para sempre. Que dor para um pai, uma mãe, familiares e amigos ao verem aquelas horrendas fotos ou assistirem aos vídeos da estupidez humana, publicados em redes sociais como forma de entretenimento.
O que fizemos com a juventude? Onde falhamos como pais e educadores? Qual é o futuro que nos espera?
Mais uma vez mostramos ao mundo inteiro aquilo que somos capazes de fazer. Em tempos onde o cientificismo é endeusado, mistificado e concebido como o único canal confiável para responder às angústias das pessoas, perguntamos: o que a ciência pode fazer para tirar a humanidade deste estado de barbárie?

*O autor é sociólogo e membro da Academia Douradense de Letras.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Missão

A Revista Criticartes foi idealizada pelo escritor e poeta Rogério Fernandes e tem como missão fortalecer a literatura brasileira através do incentivo à publicação de novos autores, bem como a interação entre instituições literárias do Brasil e do exterior.

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